Branqueamento

O Branqueamento e suas Consequências:


O fenômeno de “branqueamento” dos recifes de coral é apenas um primeiro sinal de alerta sobre a gravidade da mudança que está ocorrendo no ambiente marinho. Êste ocorre pela perda das algas “zooxantellae” que vivem em simbiose com o coral, alimentando-o e que ao se desequilibrarem com a elevação da temperatura do mar, deixam de produzir a glicose através da fotossintese, provocando a sua expulsão.

Ações pontuais do ser humano, a longo tempo, já têm causado a destruição dos corais e o desequilíbrio da vida marinha, seja pela pesca predatória, coleta excessiva de organismos marinhos, destruição de manguezais, poluição do mar seja pelo esgoto ou pela descarga de agrotóxicos ou plásticos e várias outras ações danosas.

Diversas organizações em todo o mundo realizam atividades para correção destes desequilíbrios, pelo:

  • Desenvolvimento de pesquisas, 
  • Maior conscientização da população,
  • Definição de regras para o manejo e conservação da biodiversidade marinha,
  • Definição de Áreas de Proteção Marinha, para salvaguarda dos corais e da vida marinha.  

Entretanto, como tudo está interligado na Natureza, o CO2 lançado na atmosfera tem causado o aquecimento global, que por sua vez causou as principais mudanças do “habitat” marinho por diversos fatores:

  • Aumento da temperatura da água do Mar, com a formação de fenômenos climáticos como o El Niño e a El Niña;
  • Acidificação dos mares pelo aumento do CO2 na atmosfera e na água do Oceano;
  • Aumento na intensidade dos raios UV pela redução da camada de Ozônio;
  • Intensificação das emanações eletromagnéticas de alta tensão e radioatividade Beta do núcleo da Terra, com grande aumento desde 2012
  • Elevação do nível do Oceano pelo degelo dos pólos e gelos eternos das montanhas;
  • Mudança na salinidade do mar;
  • Alterações nas correntes marinhas e na oxigenação dos oceanos;
  • Maior contaminação de algumas regiões costeiras com a irradiação de microondas das antenas celulares;
  • Aumento de tempestades, furacões e tsunamis, no mar;
  • Aumento das chamadas zonas mortas, com perda da oxigenação do mar, decorrentes do excesso de poluição causada por agrotóxicos agrícolas.

Para este desafio a solução depende de um esforço unificado de grandes proporções de todos os governos e das forças econômicas, que terão que focar altos investimentos na busca do reequilíbrio do Clima Global. A COP21 já estabeleceu o limite de 1,5ºC para o aquecimento global até 2100. Já temos vários esforços na geração da energia limpa e da redução na emissão do CO2, mas as proposições ainda são insuficientes.

Esta nova situação do “habitat” marinho tem causado o aumento do “stress” principalmente nas regiões coralíneas, aumentando a proliferação de doenças e causando o fenômeno do “branqueamento” e a morte dos corais.

Dentro deste contexto o aumento de temperatura do Oceano é apenas a gota d´água que causa o excesso de disfunções dos organismos já “stressados”.

O resultado é a ocorrência da dissociação maciça das “zooxantelas” de seus hospedeiros e o “branqueamento” em larga escala (exposição da superfície de calcário branco do coral).

Este fenômeno que já destruiu uma média de 50% dos corais no mundo tende a se intensificar a cada ano, principalmente pelo aumento da acidificação e da temperatura da água do mar. As informações recentes indicam a perda de corais oscilando na faixa de 20% a 90%, dependendo da localidade.

Se nenhuma ação de preservação local for adotada, já que pelo acordo da COP21 as metas propostas ainda estão bastante aquém do objetivo de limitação do Aquecimento Global ao nível de 1,5ºC ou 2ºC, e não produzirão efeitos em tempo hábil para salvar os corais, a tendência será a extinção dos corais na região.
Os pesquisadores já apontam novas consequências que virão com o aumento da acidificação que impedirá o processamento e a formação do cálcio por todos os organismos que o produzem e dele dependem.

A continuidade da morte dos corais deverá impactar de forma dramática a vida marinha e do próprio ser humano, em todas as regiões litorâneas. Além disso pela falta de consciência para a tomada de atitudes urgentes que reequilibrem a Natureza, já estamos enfrentando um agravante do aquecimento global que é o aumento na liberação em grande volume do gás metano e CO2, retidos nos pólos gelados e no “permafrost” em regiões como a Sibéria e o Alaska, que estão descongelando. 

Atualmente estão sendo criadas áreas de proteção marinha com o objetivo de fortalecer os corais e torna-los mais resistentes ao “branqueamento” e também está sendo utilizada a técnica do cultivo de corais para a recuperação das regiões “branqueadas”. 

Embora estas ações sejam de alto valor para aumentar a resistência dos corais e da vida marinha, pela retiradas das causas locais como poluição, pesca predatória e outros, ainda carecem de um meio para evitar o “branqueamento” massivo causado pelas consequências do aquecimento global.  

Apresentamos no tópico sobrevivência dos corais a ajuda, disponibilizada pelo Universo, para o aumento da resistência e resiliência dos corais e da vida marinha, às consequências do aquecimento global.


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